sexta-feira

Perguntas no caminho


Outro dia caminhando pela praia, sem muito a cabeça, me deparei com certas dúvidas
que cercam nosso planeta.


Já se deparou com aquelas situações irritantes, quase ignorantes? Nossa vida é cheia desses momentos. Momentos esses que temos que respirar fundo e pensar algo que não posso citar agora.
Porém não falo de ignorantes de cultura, conhecimento, e sim de ignorância propriamente dita. A melhor palavra seria: estupidez ou intransigência, outra característica que ronda entre esses seres. Nós que nos declaramos há bilhões de anos “seres humanos”, ultimamente estamos usufruindo de comportamentos pouco habituais. Como discussões tortuosas, falta de controle emocional, razão exacerbada, consumismo exagerado, ausência de humildade. Coisas como corrupção, estupros, suicídio, tráfico de drogas e assassinato. São apenas consequências normais, ou não!
E o pior é ver que mesmo quem se controla para não “entornar o caldo”, ou seja, se deixar influenciar, até esses estão sendo empurrados para entrar no fluxo. Porque se você não entrar na dança acabará saltando fora, pois terá de dar lugar aos concorrentes.
Assim é no trabalho, no namoro, no casamento, em qualquer relacionamento. Estes estão cada vez mais doentios e ameaçados, tem suas exceções, mas, são poucas.
Porque as pessoas confundem o fato de usar aliança, que é apenas um símbolo de amor, e enfrentam como uma forma de autoridade sobre o outro? Porque algumas pessoas não aprendem nada com as experiências passadas? E ainda têm alguns desses que acreditem que já viveram outras vidas, então porque tamanha ignorância?
Tantas são as perguntas que nos fazemos, em relação a esta estupidez do mundo moderno, e infelizmente poucas obtêm resposta. Queria tanto as responder, para todos vocês. Mas, infelizmente a afirmação tão esperada, só se fará plausível, após a mudança de comportamento de cada um, eu e você, individualmente.
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quinta-feira

Lembranças de mim...


Na infância somos seres guiados por cheiros, sensações e sentimentos. Pena que
Chega à razão, e as lembranças se tornam tão mais pesadas.
Hoje eu queria ser como um passarinho, livre para voar,
E não mais lembrar.
Viver uma vida nova, uma vida vivida a cada dia, como se fosse
O último e mais importante de todos.
Uma vida mais serena e menos pesada, paz de espírito
É o que desejo e nada mais.
Tenho tudo o que desejo para ser feliz, e porque ainda me
Incômoda, certas lembranças.
Porque me corrói o peito como espinho, quando aranha
Sobre a pele.
Porque ser tão humano, até o profundo do meu ser!
Hoje só procuro algo que console meu coração e me
Faça encontrar meu verdadeiro eu, que jamais viveu.

sexta-feira

Nós os humanos...

Todos os verões a ilha da magia dobra em número populacional, por conta dos viajantes estrangeiros. Sejam eles argentinos, japoneses, gaúchos ou cariocas, nada muda, são todos iguais.

Eles nos ajudam muito, principalmente na economia. Trazem culturas diferentes, variados idiomas, e curiosidade, muita curiosidade. Às vezes parecem seres estranhos, certas atitudes e palavras. Outro dia eu estava voltando do trabalho, quando sem querer, entrei no meio de um grupo de turistas, impedida de seguir viagem, fiquei ali no meio até o movimento aclamar, foi quando notei uma turista que fotografava tudo que via na frente, sem se importar com quem passava, ela clicava o trânsito, os casarões, a praça XV... Tudo mesmo, Sem dúvida um comportamento um pouco diferente.

Mas, pensando de uma ótica mais “turistiana” porque eles notam certas belezas, que nós moradores não percebemos?

Será pura falta de percepção, ou falta de incentivo à cultura local? Durante os deslocamentos diários tantas coisas curiosas acontecem ao nosso redor, já parou para pensar nisso?

Porém, estamos tão envolvidos nos nossos interesses e compromissos que não notamos. Reclamamos por vezes seguidas, “minha vida é sempre a mesma”, “meu emprego não melhora”, entre outras coisas, mas será que estamos atentos aos sinais de mudança.

Entretanto os recém chegados ou visitantes, percebem o que não vimos, engraçado, né?

Frenquento as ruas e avenidas de Florianópolis, há 22 anos, e certas vezes me pego descobrindo detalhes que não sabia da existência. Estamos acostumados a viver o cotidiano, a rotina, andar todos os dias pelo mesmo caminho, encontrar as mesmas pessoas, alimentar-nos nos mesmos locais.

E porque não mudar, fazer tudo ao contrário, sair da rotina. Medo, nosso medo é maior que nosso espírito aventureiro. Talvez tenhamos medo do invisível, de algo que nem mesmo pode acontecer, mas, ainda assim o temos.

Imagine que eu sou uma parte de você, você sairia comigo? Mas você nem me conhece, eu não te conheço! Mas, eu sou você, e agora sairia com você?

Maluco? É difícil aceitar que temos defeitos e qualidades, que somos humanos e corruptíveis, pecadores e muitas vezes desleais. Porém também bondosos, amorosos, amigos e cordiais. E agora percebe quantas qualidades você tem? Percebe que os turistas, seja de qual nação forem, são iguais a nós. Consegue gostar mais de você.

Espero que você consiga um dia. Só assim, mataremos menos almas, e seremos menos cruéis com os que amamos.