Momento Poeta

À sua espera


Poderia uma paixão tornar-se desencantamento se nem amor se transformou? Se outro amor encontrar talvez... Ou andará confuso este coração ausente? No mundo da lua, rimando contente. Batendo ao som da trombeta vibrante, ele apenas espera...espera, o som do outro coração ausente.   

Eu e Você, talvez...

Chegou assim meio sem pensar e abalou. Foi tão rápido, intenso e avassalador, foi quente profundo. Quando o coração bateu mais forte, você estava lá e eles batiam juntos na mesma sintonia. Será que era paixão? Ou outra coisa qualquer? Já não importa mais...Você foi embora! Outra vez, me deixou. Não estou triste, apenas não entendo, mas, se tem que ser assim...Não podemos chamar de amor, nem de paixão. Eu e você, talvez? Talvez...Um beijo e até mais, meu bem!




Minha Banda

Estava lá, não via as horas passarem. Os olhares se confundiam, uns iam para cá, outros para lá. Um jovem entretanto, caminhava sempre na mesma direção, ele ia para o futuro. Então, muitos começaram a segui-lo, levavam instrumentos de corda, violões e violinos.
Pois, no futuro não poderia faltar música e alegria. Caminhavam sempre na mesma direção, não desviaram o caminho, o destino era incerto, mas tinham que ser obedientes. Porque a missão era nobre. Como brisa leve em notas musicais, todos ouviram calmamente cada som e sentiram a emoção da banda que cantava o amor. Você pode até não saber, mas o coração precisa sentir. Porque só um poeta explica como se toca e canta o amor. 



Olhos do Marujo

Tudo começou naquele dia, passavam dois barcos na orla, quando seus olhos cor de mel encontraram os meus. Nasceu como o mar e se escondeu no meu olhar. A inspiração fugiu tantas vezes. Foi só você chegar para ela ficar, se aproximar e me paralisar.
Foi como fogo abrasador, que queima até o fim. E não me deixa dormir, pensando como será o gosto do vinho novo. Como a palha que arde sem queimar, minha garganta, deseja este vinho desconhecido.
A garganta seca, o coração bate forte, marujo venha logo!




Parece Magia

Na cumplicidade de um olhar, eles tentam se entender, mas, nada dizem. O homem forte e notavelmente líder, com olhar firme e vibrante, conduz o animal até sua frente. Este, tímido responde ao comando veemente e começa a caminhar em ritmo lento, juntamente com os outros que o seguem.

As criaturas olham o mestre como se tivessem hipnotizadas, a magia transborda o momento de extrema beleza, quando homem e animal se entendem apenas por um olhar.
Ao chegar à frente do público o homem chama a atenção de todos, ao estampar no rosto um enorme sorriso, que é respondido por um gesto de levantar de patas, suave dos animais, como se estivessem cumprimentando a platéia. 
O público extasiado aplaude muito. Mas, o número ainda não acabou. O domador leva os animais até barras de ferro, que se espalham ao longo da arena. E uma a uma são saltadas pelos discretos gestos dos animais. 

Por fim o homem realiza três voltas na arena, equilibrando-se sobre os animais de pé, e isto não parece incomodar – lhes nem um pouco.

Depois disto desce, conduzindo – os até uma barra de concreto que se encontra perto, eles caminham calmamente e com gesto amigável todos juntos erguem as patas sobre a barra de ferro em gesto de agradecimento.

Este homem chama-se Lorenzo, e apesar do nome italiano, ele nasceu na França. Lorenzo treina cavalos desde os seus 12 anos, talvez por este motivo, tenha tanta habilidade com os animais. Apesar de toda a repercussão Lorenzo é uma pessoa muito humilde e faz questão de ele mesmo cuidar dos seus cavalos. Ele já teve um filme que contou a sua história chama-se “Lorenzo, o Encantador de Cavalos”, que é o que realmente pensamos ao ver seu show, parece magia. 


http://www.youtube.com/watch?v=-24vkrk_snU

O Aparelho e Eu



Ao cair da tarde, chovia forte, incomodando os que por ali passavam. A rua estava escorregadia e com muita lama. Isto causou uma grande “agitação”, que me impedia de seguir em frente. 

Porém, entre as cabeças que se moviam de forma desorganizada, consegui enxergar, um pouco mais a frente à plaquinha, de uma pequena banca, onde se lia “OI”. Pensei: “Ufa! Estou salva...”

Fui pedindo licença entre um e outro, e consegui sair. Quando cheguei bem em frente à portinha, outra plaquinha dizia: “Volto já!”. Um dia antes, tinha lido um texto que dizia que os orelhões estão esquecidos, como realmente estão. Na verdade não precisamos mais deles, para que ficar se molhando, enfrentando fila, se podemos ligar do celular, não é mesmo?

Eu também pensava assim, porém, neste domingo tive meu celular perdido, e pude sentir o que é ficar incomunicável, ainda que tenha sido por um dia.

Tive que utilizar esse aparelho receptor de comunicação, entretanto, agora estava eu ali, sem comunicação, parada em frente aquele aviso pouco prático e nada agradável “Volto já!”

Você já se sentiu dessa maneira? Quando parece que todos estão olhando para você e mostrando aquela plaquinha de “sorria, você está sendo filmado”! Fiquei por ali, mais uns dez minutos, mas chovia muito. Então lembrei que tinha um cartão na bolsa, alguma coisa pré-histórica que carregava a muito tempo. Coloquei no primeiro orelhão, não funcionou, tentei no segundo, também não funcionou, e no terceiro se repetiu a mesma coisa, só me restava mais um. Olhei para aquela cara sarcástica verde me dizendo “OI” e pensei: “Você vai funcionar, não é?”

De repente no alto de minha loucura, estava tratando aquele aparelho telefônico como se fosse uma pessoa. Demoradamente me aproximei do modesto aparelho, que abaixou os olhos e não quis mais me encarar, nem sequer disse “OI”, cara-de-pau, opa, cara-de-ferro.

Finalmente, funcionou, ufa! Achei que iria cansar o leitor de tanta reclamação.
Depois da demorada e reflexiva conversa, fui embora, na dúvida de que tais pobres aparelhos, um dia sejam lembrados!


Um dia você percebe...

Que precisa de amigos, não de inimigos.
Precisa de amores, não de ódio.
Precisa de felicidade, não tristeza.
Precisa ter fé, não apenas acreditar.
Enfim, aprende que precisa viver, e que
vida nada mais é do que determinar que sua
felicidade será plena para sempre. Independente dos
obstáculos que tiveres que enfrentar.